Tanto para o profissional do sector como para o utilizador final, vale a pena recordar algumas indicações para poder identificar que o pellet adquirido corresponde a um produtor ou distribuidor certificado pelo sistema ENplus.
Segundo a AVEBIOM (Associação Espanhola de Valorização Energética da Biomassa), promotora desta marca de qualidade em Espanha, a primeira recomendação é procurar determinadas informações que devem necessariamente estar visíveis para o comprador e que garantam a autenticidade do selo de qualidade.
No caso do saco de pellets, deverá constar na embalagem o logótipo ENplus e o código que identifica o produtor ou distribuidor certificado. Se o certificado for titular do produtor a numeração começa por 0, e se for o distribuidor a numeração começa por 3. Em ambos os casos o código terá sempre três dígitos.
Outras declarações ou legendas que deverão constar na sacola e que garantirão a veracidade da certificação são os Dados do Produto -peso, diâmetro, nome e endereço da empresa certificada-, e as Notas -“Peletes de madeira”; “Armazenar em local seco” e “Usar somente em sistemas de combustão apropriados e aprovados, de acordo com as instruções do fabricante e normas nacionais”.
Caso a opção escolhida seja a compra a granel, o pellet ENplus deverá ser proveniente de um distribuidor certificado, com o selo com o número de identificação constante da documentação de entrega do material, conforme mencionado acima. Também poderá provir de produtor certificado, desde que seja uma carga completa superior a 20tn e para um único destinatário, ou seja, o biocombustível será transportado por caminhões-tanque ou caminhões carregados com mais de 20tn que serão entregues diretamente. , para um único cliente. Tal como no caso anterior, o carimbo com o número de identificação do produtor deverá estar legível na fatura.
Quais são as fraudes mais difundidas?
Na área dos casos fraudulentos, o mais comum é detectar empresas produtoras/distribuidoras que afirmam que o seu pellet é ENplus, sem terem efectivamente a certificação. Geralmente, estas empresas publicam-no nos seus sites, onde também colocam o selo genérico ENplus -sem código de identificação-, para dar uma aparência de veracidade à sua falsa certificação.
Também vale a pena prestar especial atenção às empresas que em algum momento foram certificadas e que, por uma razão ou outra, tiveram o seu certificado suspenso e continuam a vender os seus pellets como ENplus. A recomendação da AVEBIOM para evitar enganos ou fraudes é consultar a página das empresas certificadas e verificar se o produtor/distribuidor é certificado e possui o selo ENplus em vigor. Se foi suspenso e o pellet foi adquirido após a data de suspensão (está indicado neste site ), estaríamos falando de fraude, caso em que o primeiro passo deve ser notificar imediatamente a AVEBIOM para que esta possa iniciar os procedimentos legais .
Alicia Mira, técnica de Projetos Europeus de Certificação ENplus-BIOMASUD da AVEBIOM, insiste aos compradores de pellets sobre a importância de “estar muito atentos ao número de identificação para saber a que produtor/distribuidor certificado corresponde, e se não estiver, pergunte. A lista pode ser consultada em http://www.pelletenplus.es e se tiver alguma dúvida ou suspeita de fraude, o mais responsável a fazer é contactar a AVEBIOM."
Outro indicador importante a ter em conta é a Blacklist que o EPC (European Pellet Council), gestor do selo ENplus a nível mundial, prepara e publica com os nomes dos produtores/distribuidores que cometeram fraudes.
Neste sentido, nas palavras de Alicia Mira: “A AVEBIOM compromete-se a responder a todas as dúvidas ou pedidos de informação que possam surgir em relação à certificação ENplus, e colocará todos os recursos à sua disposição para proteger as empresas certificadas e, consequentemente,, aos distribuidores e compradores, para garantir o uso correto da marca e, assim, que os consumidores possam usufruir das vantagens de utilizar pellets com garantia de qualidade.”