CENER obtém os primeiros quilos de biomassa de microalgas para produção de biodiesel

Técnicos do Departamento de Biomassa do CENER (Centro Nacional de Energias Renováveis) realizaram durante o primeiro semestre de 2017 a ampliação do cultivo de microalgas nas instalações do CB2G (Centro de Biocombustíveis de 2ª Geração), com base no cultivo desenvolvido em Neiker–Tecnalia.

Durante este dimensionamento, foram produzidos os primeiros 12 kg de biomassa fresca de microalgas com uma concentração de sólidos superior ao esperado e com um teor de lípidos superior a 50%.

Ainda nesses meses foi realizada a valorização do óleo extraído das microalgas cultivadas, que tem sido levada a cabo pelo CATAR-CRITT (parceiro do projeto) para a produção de biodiesel. Uma empresa do setor de biocombustíveis está atualmente encarregada de testar a qualidade deste biodiesel, bem como avaliar o possível interesse deste produto para o setor industrial.

Estes são alguns dos primeiros resultados obtidos no âmbito do trabalho desenvolvido no projeto CYCLALG, que é financiado pelo Programa Operacional de Cooperação Territorial Espanha-França-Andorra (POCTEFA) 2014-2020 . O principal objetivo do CYCLALG é desenvolver e validar processos tecnológicos que visem implementar a produção de biodiesel através do cultivo de microalgas.

Além do CENER e Neiker-Tecnalia (coordenador), a Fundação Tecnalia, AIN (Associação Industrial de Navarra), Apesa (Associação para o Meio Ambiente e a Segurança na Aquitânia) e CATAR-CRITT (Centro de Aplicação e Transformação dos Recursos Agro) .

A CYCLALG fornece soluções inovadoras para avançar no desenvolvimento de fontes alternativas de energia renovável, promovendo a sustentabilidade ambiental e económica do processo global de obtenção de biodiesel a partir de microalgas.


Biorefinaria de microalgas
O carácter inovador do projecto assenta, por um lado, na sua abordagem a uma biorrefinaria de microalgas. Não se limita apenas à sua utilização como sistema de produção de energia, mas também procura melhorar a sua sustentabilidade, aproveitando ao máximo a biomassa proveniente de algas, para obter um amplo espectro de bioprodutos com valor comercial nos diferentes sectores económicos do território POCTEFA. , tais como: indústria química (polióis e adesivos), setor cosmético, fertilizantes, rações e outros.

Por outro lado, a abordagem inovadora do projeto assenta num modelo de economia circular do processo, onde se persegue a máxima eficiência dos recursos utilizados, com o objetivo de atingir o paradigma do desperdício zero, de forma eficiente e amiga do ambiente. o meio ambiente.

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