Gestão ambiental, chave para melhorar a competitividade da indústria alimentar

A gestão ambiental é um fator chave na gestão global das empresas agroalimentares e pode ser decisiva para a sua competitividade. O consumo de energia, a geração de emissões e a produção de subprodutos orgânicos são alguns dos aspectos mais notáveis. A utilização da bioenergia permite reduzir custos operacionais e melhorar a imagem ambiental. Isto foi revelado hoje na conferência 'Soluções energéticas com biomassa para a indústria agroalimentar', realizada no âmbito do programa de atividades Expobiomasa e organizada pela Avebiom e pela Associação da Indústria Alimentar de Castela e Leão, Vitartis.

Um evento que serviu para apresentar dois casos de sucesso da utilização da biomassa no sector, bem como para explicar os apoios à sua implementação, o aumento da eficiência energética e os instrumentos de redução da pegada de carbono e de sustentabilidade empresarial. O presidente da Avebiom, Javier Díaz, garantiu que “os profissionais da biomassa podem fornecer às empresas agroalimentares soluções energéticas criativas, inovadoras, neutras em emissões e totalmente focadas nas suas necessidades”. O presidente da Vitartis, Félix Moracho, disse que é “fundamental para a indústria alimentar fazer a transição para as energias renováveis. “Qualquer empresa responsável deve buscar a sustentabilidade nos seus três aspectos: ambiental, econômico e social.” Por isso, destacou a importância de aprender com os profissionais os casos de sucesso de quem já deu esse passo.

 

Poupança
A empresa Manzana Piensos Compuestos de Huesca, que optou pela biomassa por razões económicas, conseguiu uma poupança anual de 155.000 euros graças a uma nova instalação de biomassa com aparas florestais. Especificamente, conseguiu-se uma poupança de 1€/tonelada de ração. Além disso, evita a emissão de 1.253tn de CO2 por ano. Estas poupanças permitiram que o investimento realizado na fábrica fosse amortizado em três anos. “É evidente que a 'mudança' para a biomassa significou uma enorme melhoria nos negócios, visto que a empresa reduziu o custo de fabricação de rações”, disse Isidre Alférez, gerente de vendas da IMartec Energía. Por sua vez, a Lácteos Pérez Olveira (La Coruña) obteve poupanças de energia superiores a 20% após 24 meses de trabalho na instalação de pellets.

 

Auxílios
No que diz respeito aos auxílios, 9,1% do valor da primeira convocatória do programa destinado a ações de eficiência energética em PME e grandes empresas do setor industrial foram concedidos a empresas de Castela e Leão, e apenas 0,52% ao setor agroalimentar. Esta convocatória de 2015 para a realização de ações de melhoria da eficiência energética e implementação de sistemas de gestão de energia teve um orçamento de 49 milhões de euros. O objetivo era facilitar a implementação de medidas de poupança e eficiência energética detectadas pelo setor industrial ou propostas por auditorias energéticas para reduzir o consumo de energia.

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